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Organizando ideias no ensino de idiomas – Maria de Fátima


Tenho notado nestes últimos dez anos de experiência como consultora pedagógica que professores de idiomas são realmente muito criativos.
É interessante observar como ideias surgem em aulas ou após ministrá-las, tornando o arquivo do professor cheio de anotações.
No entanto, vejo também que alguns profissionais sentem alguma dificuldade em organizar tais ideias, o que faz com que não deem muita
importância a elas.
Neste post farei você refletir sobre seu processo de criação a fim de organizar atividades e ideias para o ensino de idiomas.
Geralmente gosto de começar meus textos e oficinas com uma atividade de aquecimento, ou seja, algo que seja capaz de envolver os participantes em
pouco tempo, criando entrosamento.
Desta forma, vamos começar este post com o seguinte aquecimento:
Como você colocaria as seguintes palavras em ordem para formar um pensamento?
SONHE TRABALHE PLANEJE SORRIA E BOAS COISAS
BEM SEMPRE ACONTECERÃO GRANDE DURO
Aqui está o pensamento de Sally Huss, que me inspirou a elaborar esta atividade:
“ Sonhe grande, trabalhe duro, planeje bem, sorria sempre e boas coisas acontecerão”.
É interessante observar que participantes acabam ordenando as palavras de acordo com a importância que dão a elas. Portanto, quando estamos organizando atividades para nossos alunos podemos pensar no que estamos querendo atingir, quais seriam as prioridades que estamos dando naquele momento.
Desta forma, posso lembrar-me de aulas que planejo baseando-me nas dificuldades e facilidades de meus alunos.
Tive uma aluna particular, por exemplo, que tinha uma leve deficiência auditiva e por isso sentia-se estressada e ansiosa quando usava algum recurso com audio.
Devido a este detalhe, percebi que atividades de leitura e escrita durante a aula a tranquilizavam, fazendo com que se sentisse com mais segurança. Então procurava dar uma ênfase maior através da leitura e escrita sem abandonar os recursos auditivos, o que gerou progresso e resultados.
No entanto, a aula dela se diferenciava das demais pois geralmente uso a compreensão auditiva e produção oral com mais frequencia.
Pensando em estratégias para o ensino de idiomas, gostaria que você fizesse uma lista de palavras relacionadas às metodologias que já experimentou (como aluno/a e como professor/a).
A ideia desta atividade não é a de julgar o melhor método e sim a de conscientizar professores analisando quais estratégias estão sendo aplicadas.
Por exemplo, de acordo com a minha experiência como aluna estudei inglês em escola regular com as aulas baseadas somente em gramática e textos com preparação para o vestibular.
Realizei um curso de inglês completo, com método comunicativo e preparação para exames.
Como professora, ministrei aulas particulares de reforço para colégio e vestibular, trabalhei em uma escola de idiomas com método estrutural, usando o português como referência e grande uso da compreensão auditiva e gramatical.
Trabalhei também numa escola que usava o método funcional (comunicativo e criativo, porém sem muito apoio gramatical) e em outra que usava a abordagem comunicativa, trabalhando as quatro habilidades (compreensão escrita , oral e produção escrita e oral).
As escolas foram referências que tive para adquirir uma base sólida no momento em que comecei trabalhar como professora de inglês autônoma.
Hoje ministro aulas particulares com o objetivo de fazer com que o aluno se expresse em inglês com desenvoltura e confiança através de situações ou histórias que o motivem a se comunicar, trabalhando as quatro habilidades com apoio gramatical.
Preocupo-me bastante com a maneira que as atividades são conduzidas, utilizando vários recursos tais como livros, jogos, filmes e canções.
Costumo chamar esta abordagem de “criativa”, pois uso várias ferramentas para envolver cada aluno, respeitando a individualidade e ritmo de cada um.
Procuro tornar as aulas prazerosas para mim e para o aluno, pois acredito que desta maneira resultados melhores podem ser obtidos.
Cada curso é então profundamente trabalhado para que o aprendiz seja motivado a produzir também fora da sala de aula, o que melhora a sua assimilação.
Trabalhando geralmente com o público adulto, percebo que o maior desafio que enfrento é o de motivá-lo a fazer tarefas de casa; o famoso “homework”.
Acreditando que a aquisição do idioma se dá quando o aluno consegue produzir algo por conta própria, insisto em estratégias variadas que façam o aluno trabalhar.
Uso e-mails com frequência elaborando ideias que motivem o estudante a estudar e escrever.
Desta maneira vou organizando minhas aulas pouco a pouco, com o objetivo de fazer com que o aluno realmente aprenda:
a) Proporcionando uma atmosfera descontraída
b) Expondo os alunos ao máximo à conversação , à produção oral e escrita (através de e-mails, telefonemas, “happy hours”)
c) Lembrando-os constantemente do papel deles como estudantes e envolvendo-os ( com determinação).
d) Apoiando-os quando for preciso.
e) Agindo como facilitador.
Quando conseguimos organizar ideias no ensino de idiomas, geralmente criamos uma confiança maior ao planejar e ministrar aulas, obtendo consequentemente melhores resultados.
E você, caro professor de idiomas, como organiza suas ideias para um ensino de qualidade?
Seria um prazer ler seus comentários!

About author

Professora de inglês há mais de vinte anos com certificação internacional pelas universidades de Cambridge, Oxford and Michigan e artista plástica pela FAAP, gosta de compartilhar ideias que surgem nas aulas de inglês, com professores de idiomas. Ministrou vários workshops para professores na SBS, além de ter tido vários etalks publicados. Compartilha ideias no blog www.idiomascomarte.blogspot.com.br Site: www.inglescomprazer.com.br Contato Whatsapp (11) 93031 6063 Email: marifa2006@terra.com.br
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